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sábado, 19 de novembro de 2016

Quem Manda na Dupla?

Eu quase nunca escrevo aqui, sempre é a minha irmã quem faz os posts. Mas agora me revoltei, chega desse monopólio! Tenho tantas coisas legais para falar que dei um chega pra lá na Flávia e roubei o Blog só pra mim. Tô brincando, a gente obviamente continua fazendo ele juntas e é claro que não estou revoltada, apenas tive vontade de escrever um pouquinho...e ela deixou, óbvio, porque é 5 minutos mais nova do que eu. Sendo assim, me deve respeito. 

Sim, como podem ver, sou eu quem tenho grande moral nesta dupla. Sou a mais velha, a sábia, a águia, a chefa, a magnífica. Tá, é brincadeira de novo, a minha irmã também é tudo isso e mais um pouco, mas só um pouco... Enfim, é engraçado ser a irmã mais velha de uma dupla de irmãs gêmeas. Sei que para vocês pode parecer estranho, porque devem achar que nem faz diferença, e realmente não faz; na idade. Mas faz na minha cabeça. 

Desde pequena eu literalmente me sinto como a que deve ter maior responsabilidade sobre as coisas. Sempre me senti mais velha do que ela! Quando éramos crianças, eu ganhava todas as brigas, porque em nossas pequeninas cabecinhas da época achávamos que, se eu tinha nascido antes, ela não podia me enfrentar em nenhuma discussão (ou em tapas, socos, pontapés, etc). Só que no auge dos nossos 10 anos de idade, minha mãe ensinou Flávia a ter coragem de reagir e depois disso o meu reinado nunca mais foi o mesmo.



Flávia percebeu que era capaz de me responder e tudo mais. Descobriu que podia ser tão mandona quanto eu. Com o passar dos anos, fui logicamente amadurecendo e me sentindo mais líder, sabe? Mas não uma líder no sentido ruim, de ser autoritária e tal...uma líder de um jeito bom, que toma a frente das coisas, que procura ser um GPS ambulante só para a irmazinha não ter problemas com os caminhos, que faz os telefonemas necessários porque sabe que a irmã odeia telefonar, e por aí vai. Eu amo ser assim e eu amo a nossa sintonia! 

Crescemos nos amando e nos respeitando
Isso tudo que escrevi é como me sinto, mas saibam que a Flávia é bem mais esperta que eu pra várias coisas! Ela é mais corajosa, por exemplo. Teve uma vez que fizemos arvorismo e ela passou por todos os obstáculos sem medo nenhum, adorando tudo. Já eu, vamos pular essa parte. Tá, vamos falar disso sim, fui eu quem puxei o assunto, ora. Bom, eu empaquei em quase todos os desafios. Teve um que eu estava decidida a não ir. Era mais para o final do circuito...vejam vocês, era uma bicicletinha bem pequena na qual eu tinha que subir para atravessar de ponta a ponta me equilibrando em uma corda. Olhei aquilo e pensei: "Oi? É sério?" - e simplesmente não quis ir.

Era essa a tal bicicleta! Socorro!!!
Formou-se uma fila de outras pessoas que também estavam participando do arvorismo, todas atrás de mim querendo prosseguir, enquanto eu empacava todo mundo. Não cabia mais de três pessoas onde eu estava, então éramos eu, o instrutor e a Flávia. O resto dos aventureiros esperava a medrosa aqui seguir em frente para eles poderem avançar até onde eu estava. E foi ela, a graciosa Flávia, quem conseguiu me desencalhar! Foi na minha frente, mostrou que dava para atravessar e aí sim eu criei coragem e fui. Na verdade, não tinha escolha, porque não dava para descer...ou eu seguia ou ficava ali em cima para sempre!

Já quando o assunto é inseto, nós duas O D I A M O S! No entanto, quando aparece algum no meu quarto ou no dela, é a Flávia quem tira! Ou chama o zelador do prédio para tirar. Mas é ela quem resolve, eu fico bem longe do local do incidente, esperando por um milagre. E quem faz os milagres acontecerem é a minha irmã. 

Se bem que teve um episódio em um Hotel-Fazenda que não foi bem assim. Sabem aquela borboleta que não é borboleta? Uma preta, enoooorme e feia? Pois bem, uma dessas pousou na minha perna e, como eu estava de meia-calça, não senti. Mas a Flávia viu e começou a gritar. Quando eu percebi do que se tratava, saí correndo na direção dela, também gritando, pedindo para que ela tirasse aquilo de mim. Entramos na sala de jogos (que estava l-o-t-a-d-a) fazendo um escândalo, quanto mais eu corria na direção dela, mais ela berrava e se afastava de mim. Foi desesperador! 

Era uma igual a essa, só que maior!!!! ECA!
Corremos e voltamos para o saguão em frente ao salão de jantar, onde a bicha tinha pousado em mim. E ela continuava ali, paralisada, como se eu nem estivesse me mexendo! Estavam ali, também, todos os recreadores, nossa mãe e o dono do hotel (sim, o dono!!!), de pé, com cara de apavorados, querendo saber se a gritaria era porque estava pegando fogo em algum lugar. Que vexame, meu Deus! Acabou que um dos recreadores conseguiu tirar aquela bruxa da minha perna, eu agradeci muito e a nossa mãe queria um buraco para se enfiar de tanta vergonha que ela sentiu!

Ou seja, nem sempre minha irmã é a valente. Às vezes, nenhuma de nós é! Mas o que importa é que somos muito felizes assim e que damos muito certo desse jeito: diferentes, mas parecidas. E este foi o meu post, para vocês verem que eu, Fernanda, também estou presente por aqui! 

Parceria que funciona. Sempre sorrindo ou com cara de...Flávia! 
Beijinhos para todos os nossos leitores amados e até o próximo post!

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Conheça o Código de Gêmeas

Eu não sei se é comum entre gêmeos, mas eu e minha irmã temos muitas brincadeiras consideradas estranhas pelos outros e, às vezes, até por nós mesmas. Mas a gente se diverte muito!

Desde pequenas, inventamos uma espécie de dialeto, uma linguagem própria que ninguém entende. Na verdade, não fizemos de propósito. Sabe aqueles povos indígenas que vivem em uma aldeia e conversam entre si usando a língua da tribo? Pois é, acho que é mais ou menos por aí... gêmeos tendem a criar um universo paralelo, um mundinho colorido onde só eles vivem, só eles se entendem. O bom é que conseguimos nos expressar e falar coisas na frente de quase todo mundo sem que ninguém perceba. Por exemplo, se tem uma pessoa muito chata falando algo com o qual eu não concordo e a Fernanda está por perto, eu olho pra ela em uma fração de segundo e ela já sabe que estou pedindo socorro. Se alguém está contando uma história pra gente que uma das duas acha que é "desculpa esfarrapada", no meio do assunto a gente se olha e pronto, as duas já sabem o que está acontecendo. Quem está falando NUNCA percebe. Algumas vezes, familiares ou amigos próximos reparam que estamos nos comunicando, mas não entendem exatamente o que estamos falando uma pra outra. É engraçado... 

Algumas das nossas brincadeiras e expressões acabam extrapolando os limites do mundo gemical e invadindo o mundo real onde outras pessoas vivem. É aí que fica interessante. Porque alguns adoram e fazem tudo com a gente. Querem aprender as nossas músicas (tipo Cafezinho Gourmet, vai no post anterior pra entender), os nossos gritinhos, as interjeições que inventamos para expressar certas coisas que existem na vida, mas que ainda não foram explicadas no dicionário..."Hoê", "Uin", "Heêêan" são algumas delas. Para cada palavrinha dessa, tem um significado real, mas não tem tradução no português nem em nenhum outro idioma, porque são expressões nossas que criamos para falar coisa que... ai, não dá pra explicar! Em um próximo post a gente escreve e grava vídeo para vocês entenderem a nossa maluquice. Os gêmeos que estão lendo com certeza já entenderam, né?!

Vamos deixar pra vocês hoje um vídeo que gravamos onde colocamos em prática algumas das nossas brincadeiras favoritas!

Link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=CflVo4rWuYQ&t=2s







quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Quando Inventamos o Cafezinho Gourmet



Pra você que lê os nossos posts, mas não nos conhece pessoalmente, um cafezinho gourmet pode significar apenas um momento de café e guloseimas. Mas nossos amigos, familiares, conhecidos e seguidores do Snapchat sabem que é muito mais. E agora você saberá também.

Não há nada mais gostoso do que sentar com a sua irmã num lugar agradável para tomar um cafezinho e conversar. Sim, porque mesmo convivendo intensamente uma com a outra, sempre temos papo para colocar em dia. "E de onde vem tanto assunto?"- Você pergunta. Eu respondo: Nem sempre é assunto. Aí você questiona novamente: "Mas se não é assunto, o que tanto vocês fazem sentadas em uma mesa durante horas?"

Ah, a gente fala um monte de besteira, inventa dialetos (sim, gêmeos têm uma linguagem própria e outro dia qualquer eu vou escrever sobre isso) e compõe músicas. É isso mesmo que você leu, músicas. Fizemos uma musiquinha para o café.

Tudo começou na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, Rio de Janeiro, um dos nossos cantinhos favoritos. No restaurante de lá, tem uma opção no cardápio que se chama "Café Guloso", mas há pouco tempo se chamava "Cafezinho Gourmet". É um cafezinho com três pequenos e deliciosos docinhos. Eu não estou sendo patrocinada para falar disso, mas faz parte da história da origem da música "Cafezinho Gourmet", que vocês vão ouvir em alguns segundos.

Olhei para a cara da Fernanda e cantei uma parte. Inventei na hora, sei lá, saiu da minha cabeça. Ela olhou para mim e continuou cantando a outra parte, que inventou da cabeça dela. Quando nos demos conta, pronto: Tínhamos o nosso refrão. E ficou sonoro, sabe? Alguns dias depois, inventamos a letra inteira. Tudo isso porque nós amamos tomar um café à tarde, e achamos que esse momento do dia não pode passar desapercebido. Ele merece uma homenagem. Uma canção!