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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Gêmeos com Roupas Iguais... Pode?

Existe um tabu na vida dos gêmeos que é saber se podem usar roupas iguais. Muitos não curtem a ideia. Mas alguns gostam... Pode ou é ridículo?

Depende. Depois de certa idade fica meio ridículo sim. Eu e a minha irmã usamos apenas no carnaval e no trabalho, quando há necessidade de uniforme. Muito de vez em quando, saímos com modelos bem parecidos de cores diferentes, mas sempre com a intenção de provocar e brincar com as pessoas na rua. O normal na nossa vida é sairmos diferentes.





Olha, o conselho que a gente dá para quem tem filhos gêmeos é que evite colocar a mesma roupa. Uma criança ainda não desenvolveu completamente a própria personalidade nem a percepção sobre o mundo em que vive.

Se você veste irmãos gêmeos de forma igual, todos na rua vão achar a coisa mais linda e você será abordado diversas vezes para elogiarem os seus filhos. Mas, estará contribuindo para uma confusão mental nas crianças que poderá durar a vida inteira. 

Até os cinco anos de idade, eu não entendia que o meu nome era Flávia e o da minha irmã era Fernanda. Eu achava que as duas eram Flávias! Não compreendia de forma alguma como podiam existir duas de mim no mundo. Mas não era a segunda Flávia, e sim outra pessoa com vontades e pensamentos próprios. Era a Fernanda. Mas se o cabelo era igual, o rosto era tão parecido, a idade, a data de aniversário, os pais, a escola, os amiguinhos, as vivências no dia a dia, os programas de final de semana eram os mesmos, como poderia não ser eu? Isso é muito confuso para a mente infantil.

Aos 18 anos, já adolescentes, eu e a minha irmã ficávamos com tanto medo de sermos comparadas e uma ser considerada mais feinha que a outra, que entramos numa neura de contar até batata frita em restaurante a peso para evitar as gordurinhas a mais e uma não ser a gêmea gordinha.

Hoje desenvolvemos um estilo próprio e cada uma tem a personalidade bem diferente da outra. Adoro as roupas dela e ela adora as minhas, mas tem coisas que combinam comigo e outras com ela. A Fernanda adora uma bolsinha clutch, enquanto eu prefiro uma mochila de super heróis. Ela gosta de meninos arrumadinhos, eu prefiro os despojados... Tem um monte de diferenças entre nós que só descobrimos e conseguimos desenvolvê-las depois que nos separamos e fizemos faculdades distintas. Quando morei em outra cidade também ajudou.  Eu e a Fê andamos com a mesma roupa até pelo menos os 11 anos de idade, e por isso demoramos mais para nos separarmos psicologicamente. Hoje, a gente é melhor amiga, mas cada uma sabe exatamente quem é. E acredite, não somos iguais de forma alguma!

Então fica a dica, se gêmeos já têm tantas coisas em comum, a começar pelo dia do aniversário, é altamente recomendável que as roupas sejam diferentes desde cedo. 

Recomendo também turmas separadas na escola, para que cada um faça o tipo de amigos que combina mais com ele próprio, e não com o irmão. Atividades extra-classe diferentes. Repare qual dos dois gosta mais de esportes ao ar livre, qual prefere uma luta, se uma quer dançar, a outra desenhar. Os dois não precisam e não devem fazer tudo juntos. Pelo menos não enquanto são crianças e adolescentes. Depois se eles quiserem abrir uma empresa juntos já adultos, aí é outra história... ;)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Surpreendendo Quem a Gente Ama

Olha eu, Fernanda, de novo por aqui! Gostei tanto de escrever o último post que decidi ser mais presente e ajudar minha irmazinha com o nosso blog. Por falar em presente, é justamente este o assunto do dia. 

Vou contar para vocês o que aprontamos com a nossa pãe Lucinha no aniversário dela deste ano. Digo pãe porque, para quem não sabe, perdemos nossos pais ainda crianças e moramos com a nossa tia maravilhosa desde então. Mas não fiquem tristes, a vida foi e é maravilhosa com a gente, mesmo com estas pedrinhas no caminho...a gente se recupera e segue em frente! 

A tia Lucinha é a nossa mãe, pai, tia e tudo o que envolve amor, ao mesmo tempo! Moramos com ela desde os nossos 11 anos, ou seja: ela ganhou um desafio e tanto! Duas meninas crianças, prestes a entrar na aborrecência, ops, adolescência. E não foi fácil...reconheço que éramos meio mimadas, cheias de vontades e rompantes, caso não fizessem o que queríamos. 

Por isso e muito mais, depois que crescemos e ficamos mais independentes (na verdade no quesito amor sempre seremos dependentes dela), costumamos presenteá-la com coisas inesperadas que ela queira muito, mas nem imagine que possa ganhar algum dia. Já demos tanto presente inacreditável que estávamos sem novas opções este ano. Foi aí que pensamos não em algo físico, mas sim em um grande momento. 

Um mês antes do aniversário dela, que é no dia 15 de março, fomos ao Copacabana Palace, aqui no Rio de Janeiro, para buscarmos informações sobre quartos, restaurantes, valores, etc. Na recepção do hotel nos disseram que lá só é permitido duas pessoas por quarto e que o único em que caberia nós 3 já estava ocupado para a data que queríamos. 

Ficamos momentaneamente arrasadas com a notícia. Foi-se a nossa surpresa. O sonho da tia Lucinha era passar uma noite ali, poxa! Mas ao invés de irmos embora, sentamos no sofá da recepção e começamos a pensar em alternativas. Voltamos ao balcão e perguntamos se existia a possibilidade de reservarmos dois quartos que tivessem algum tipo de ligação entre si. Acertamos em cheio! Esta opção existia. 

Sendo assim, caberiam 4 pessoas nesta brincadeira. Dois quartos interligados e cada um comportava 2 hóspedes. Imediatamente já sabíamos o que fazer: levar a nossa avó Zezé, mãe da tia Lucinha, junto. A vovó sempre quis conhecer o Copacabana Palace! Pronto: já tínhamos o presente de aniversário perfeito de 2016. E assim foi. 

Enganamos as duas dizendo para fazerem uma pequena malinha com uma roupa de banho, uma camisola e uma mais arrumada para jantarmos fora, e inventamos que íamos passar o dia em um lugar qualquer em outra cidade, e que existia a chance de dormirmos no local, caso ficasse tarde. Elas caíram direitinho!

Fomos de carro, eu dirigindo e fazendo percursos estranhos da nossa casa até Copacabana, tudo para elas não desconfiarem. Tia Lucinha e vovó só perceberam o que estava acontecendo quando, já na orla de Copacabana, quando dei uma virada brusca com o carro na entrada do Copacabana Palace e o entreguei para o manobrista. Foi demais!

Já tínhamos combinado com o hotel de ter uma "festinha de recepção" esperando por nós dentro dos quartos, e foi ainda maior a surpresa. Pedimos bolo de aniversário, a champagne favorita dela e outros quitutes que eles disponibilizavam por lá. Tudo maravilhoso. Um aniversário inesquecível! 

Além disso, tínhamos reservado mesa no restaurante italiano de lá, Cipriani, e eles cantaram parabéns com direito a piano e sobremesa, e isso foi surpresa até para mim e minha irmã! Foram dois dias únicos que estão guardados em nossas memórias para sempre. Foi lindo. Valeu a pena cada segundo.


Beijos, pessoal!