Univitelinas ou bivitelinas???

Existe uma dúvida que nos intriga desde que nascemos. Somos irmãs univitelinas ou bivitelinas? Nossa avó diz que somos bivitelinas, mas muitas outras pessoas podem jurar que somos univitelinas. Por toda a nossa vida discutimos com professores de biologia na escola sobre esse assunto, e eles teimavam em dizer que seria impossível duas irmãs gêmeas bivitelinas serem tão parecidas como nós duas. Hoje resolvi falar um pouquinho sobre isso, pra vocês entenderem exatamente do que se tratam esses termos esquisitos usados para distinguir “espécies” de irmãos gêmeos.

Os gêmeos bivitelinos são formados a partir de dois óvulos. Nesse caso são produzidos dois ovócitos II que são fecundados por dois espermatozóides, formando assim, dois embriões. Quase sempre são formados em placentas diferentes.  Não se assemelham muito entre si, podem ter, ou não, o mesmo fator sanguíneo e podem ser do mesmo sexo ou não.

Mas se eu e Fernanda somos bivitelinas, como somos tão parecidas? Por outro lado, não somos idênticas e há quem nos ache completamente diferentes uma da outra… alias, só pra avisar: nós detestamos escutar que não temos nada a ver uma com a outra!

 Bom, mas voltando ao conteúdo da nossa pesquisa, os gêmeos bivitelinos também são conhecidos como gêmeos diferentes. Na verdade são dois irmãos comuns que tiveram gestação coincidente. Representam 66% de todas as gestações gemelares. Um em cada um milhão de gêmeos deste tipo têm cores diferentes, mesmo sendo do mesmo pai. É possível gêmeos fraternos terem pais diferentes. Opa, pais diferentes? Isso é bem curioso…

A possibilidade existe, mas é raríssima. A mulher geralmente apresenta uma única ovulação a cada ciclo menstrual, mas pode acontecer, em uma possibilidade remota, de desenvolver dois ou mais óvulos. Nesse caso, se ela tiver relações sexuais com dois homens durante seu período fértil, poderá ser fecundada por ambos e ter gêmeos fraternos ou não idênticos (gerados por dois óvulos distintos, em vez de um único óvulo fertilizado por dois espermatozóides). De cada fecundação surgirá um embrião com diferentes características, mas ambos nascerão no mesmo dia.

  A frequência de nascimento de gêmeos bivitelinos varia de acordo com a origem étnica (máxima incidência na raça negra, mínima na asiática e intermediária na branca), a idade materna (máxima quando a mãe tem de 35 a 39 anos) e a genética, com uma maior incidência da linha genética materna que da paterna. Em geral, a proporção global é de dois terços de gêmeos bivitelinos para um de univitelinos (ou seja, os gêmeos idênticos).

Já os gêmeos univitelinos nascem quando um óvulo é produzido e fecundado por um só espermatozóide e se divide em duas culturas de células completas. Sempre possuem o mesmo sexo. Os gêmeos idênticos têm o mesmo genoma, e são clones um do outro.

No nosso caso, acho que a incidência de gêmeos na família era da linha genética materna, e a nossa mãe tinha 35 anos quando nos deu à luz. Se somos univitelinas ou bivitelinas, aí eu já não sei, não somos exatamente clones mas também não somos super diferentes. Isso é um mistério que espero um dia descobrir! Alguém tem um palpite?


Fontes: Super Interessante e Wickipedia.